quinta-feira, dezembro 08, 2011
A CULTURA COMPENSA
sábado, outubro 22, 2011
terça-feira, outubro 18, 2011
O FILHO DO VALTER HUGO MÃE
terça-feira, setembro 20, 2011
Sardinhas & Cinema
terça-feira, setembro 13, 2011
Corta-se na cultura? Mata-se a cultura? "Ai minha pátria bela e perdida"
Uma boa surpresa
José Rentes de Carvalho nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1930. Frequentou o curso de Românicas e Direito em Lisboa. Teve de deixar o país devido a motivos políticos, tendo vivido no Rio de Janeiro, em São Paulo, Nova Iorque e Paris e, trabalhado para publicações como O Estado de São Paulo, O Globo e a revista O Cruzeiro. Licenciou-se na Universidade de Amesterdão, onde foi docente de Literatura Portuguesa entre 1964 e 1988. É autor de livros como Montedor (1968), O Rebate (1971), A Sétima Onda (1984), Ernestina (1998), A Amante Holandesa (2003) e Portugal - Um Guia para Amigos (1988).
domingo, setembro 11, 2011
No país das maravilhas
Mas se querem saber tudo sobre o assunto, com saber de cátedra, então não deixem de ler aqui. Maravilhas é com ela!
(Lamento, mas mas não dispunha de foto e esta foi, com a devida vénia, roubada na net, aqui. )
sábado, setembro 10, 2011
sexta-feira, setembro 09, 2011
domingo, julho 10, 2011
FESTIVAL DE ALMADA
Mas se falamos de pontos fortes, é claro que, acima de tudo, é indispensável referir a programação, da responsabilidade do director do festival, Joaquim Benite, homem determinado, que decidiu fazer face às dificuldades económicas e "tirar do chapéu" uma programação magnífica, não ficando em nada a dever ao brilho de outros anos mais "abastados".
Esta 28ª edição do Festival de Almada é dedicada à Commedia dell'Arte e homenageia Ferruccio Soleri, o actor mítico do Piccolo di Milano.
sexta-feira, julho 08, 2011
300 KM
No Porto, no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Lauro António apresenta "Invicta Filmes", ciclos de cinema clássico.
Toda a informação em invictafilmes.blogspot.com.
A série agora em exibição, dedicada aos "anos da depressão" (a outra, a antiga), está neste momento a mostrar uma magnífica colecção de filmes de gangsters, com aqueles de que nós gostamos, o Bogart, o Cagney... (não inclui as agências de rating, não).
Vai seguir-se uma série sobre o humor "marxista tendência Groucho". Surrealista e genial. Rir será sempre uma receita possível para não chorar.
Ainda o São João. Na Biblioteca Almeida Garrett, uma "cascata" feita por miúdos de várias escolas - desde os 3 anos! Com materiais reciclados e muita imaginação e criatividade.
A tranquilidade com mar ao fundo.
sexta-feira, junho 10, 2011
PORQUE HOJE É 10 DE JUNHO, VERGÍLIO FERREIRA PARA SEMPRE
Pensar o Meu País
10 DE JUNHO
sábado, abril 09, 2011
DESCOBERTAS
sábado, março 05, 2011
ERA PARA SER DE CARNAVAL...
domingo, fevereiro 27, 2011
NOITE DE OSCARS
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
14 DE FEVEREIRO
domingo, fevereiro 13, 2011
O CISNE NEGRO
Como qualquer história, a do Capuchinho Vermelho pode ser contada sob diversas perspectivas. Versão 1: é a história de uma sénior que estava recolhida no seu leito, adoentada, quando foi barbaramente devorada por um lobo esfomeado que entrou pela porta dentro. E isto porque a tonta da neta da senhora deu conversa ao primeiro que lhe apareceu pelo caminho e disse que a avó estava de cama e sózinha. Versão 2: é a história de um lobo que acabava de se banquetear com uma lauta refeição já um bocadinho fora do prazo quando um caçador intempestivo, sem querer ouvir argumentos, tipo Jack Bauer, resolveu fazer justiça. Versão 3: é a história de um corajoso caçador que põe fim à agonia de uma indefesa velhinha, libertando-a da barriga de um perigoso assaltante disfarçado de lobo mau. E ainda se arranjavam mais umas versões, mas já chega.
E, após esta introdução, posso passar ao tema deste post. O Cisne Negro.
O Cisne Negro é a história de uma antiga bailarina que abandonou a carreira para ser mãe. Tendo desistido da sua vida, profissional e pessoal, pela filha, cobra desta esse preço, com pesados juros, exigindo que ela seja a melhor, a mais famosa e deslumbrante bailarina de sempre, nem que para tal tenha de sacrificar toda a sua existência, sem concessões nem desfalecimentos. Afinal não foi isso que ela própria fez? Pois então está na altura de a filha a compensar pela vida que ela perdeu. No final, a mais completa felicidade ilumina o rosto da mãe, embriagada pelo estrondoso sucesso, no meio de uma plateia em delírio, mesmo que o preço seja a vida da filha, consagrando a glória a que ela própria se considerava com direito.
História velha como o mundo. No cinema vem já desde Belíssima, obra-prima de Visconti, passando por alguns outros títulos, em diversas cinematografias. Na vida real ela vem aparecendo cada vez mais, fruto dos programas de ídolos e afins. Velha como o mundo, mas, se considerarmos os amores e ódios que o filme provoca, capaz de despertar muitas paixões contraditórias.
Mãe castradora e doentiamente controladora, a antiga bailarina conduz rapidamente a filha a um estado de esquizofrenia grave, com desdobramento de personalidade e instintos auto-mutiladores. (O recurso constante aos espelhos para reforçar esse desdobramento de personalidade é um “cliché”, aqui bem enquadrado pela necessidade dos espelhos como ferramenta de trabalho.) Sempre dentro de casa, no seu luto negro pela vida perdida, ela concentra toda a sua energia em conservar intacto e virginal o casulo em que a filha é impedida de crescer e vigia no seu corpo, nos seus gestos, nas suas alterações de humor, nos seus gostos e apetites qualquer indício que a possa colocar na pista de uma eventual tentativa de fuga da caixinha de música onde ela dança, sem descanso, um eterno Lago dos Cisnes.
Mas, apesar da vigilância apertada, a filha escapa-se. E quando o faz é em explosão total. Incapaz de lidar com um mundo que a mãe tornou tabu, ela vai esbarrar fatalmente contra todos os espelhos que encontra no seu caminho – os de vidro e os humanos –, com consequências dramáticas. A multiplicidade de rostos – rostos com máscaras, rostos auto-mutilados, rostos transfigurados pelas drogas, pelo álcool, pela luxúria – é como uma galeria de fotografias do seu próprio rosto, que ela reconhece para logo de seguida recusar.
E o que fica, de uma vida destroçada em mil lascas de espelho? A perfeição finalmente atingida. O rosto finalmente iluminado da antiga bailarina, agora liberta da sua rival de toda a vida.
Não é esta a história? Não? É a história de Nina, uma bailarina que...? Sintam-se, então, à vontade para contar a vossa versão.
A mim, o filme deixa-me bastante indiferente. Nem “Mata! Mata!”, nem “Oscar! Oscar!”. Mas é uma simples opinião de espectadora de cinema. Pouco importante. Aos especialistas a tarefa de se pronunciarem sobre aspectos mais específicos.Por mim, este ano os Oscars ficavam para o Acumulado, para o próximo ano.