Hoje, creio que o 10 de Junho deve homenagear os sobreviventes, os que navegam diariamente um oceano de incertezas, que enfrentam o Adamastor do FMI; que descobrem a 1002ª receita para cozinhar bacalhau: só com as batatas; que procuram, apesar de tudo, fazer humor com a palavra crise; que lamentam não poder aproveitar melhor as miniférias de Julho e só terem dinheiro para uma curta estadia no Algarve - com código de barras 560, que é nosso, é português.
sexta-feira, junho 10, 2011
10 DE JUNHO
Em tempos muito recuados e de recordações que misturam a inocência de todas as descobertas com os tons cinzentos e pesados da ausência de liberdade e de justiça, o "10 de Junho" era o "dia da raça" e as meninas e meninos de todo o país desfilavam, "cantando e rindo", com a farda da Mocidade Portuguesa, no Estádio Nacional. Se alguém da auto-designada "geração à rasca" ler estas palavras, achará certamente que me estou a referir a um outro país, a um outro planeta ou mesmo a uma outra galáctica. Mas não, é mesmo verdadinha! Depois a designação foi sofrendo várias alterações e o dia passou a homenagear Portugal, Camões e as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
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