E assim é a Gracinda Candeias. Já aqui disse uma vez que vale a pena conhecer a mulher e a obra. Vai mais uma vez valer a pena passar pelo atelier dos Coruchéus, este fim de semana, para partilhar as experiências do Corpus Meum... e dos scones que ela já nos prometeu. A verdade é que, scones à parte, e já que não estava em Lisboa no fim de semana em que decorreu a FAC, estou morta de curiosidade para conhcer esta nova fase da Gracinda. Não vou faltar.
sexta-feira, novembro 30, 2007
173. A MINHA AMIGA GRACINDA CANDEIAS
quarta-feira, novembro 28, 2007
173. E FOI ASSIM.
domingo, novembro 18, 2007
172. VIVER MAIS E MELHOR - receita de 1911
Nietzche
Nietzche tem muita razão quando diz que o desgosto de viver e a falta de vitalidade da actual geração teem por causa a pesada atmosphera de estufa e de "cave" que todos nós respiramos. Se respirassemos constantemente ar puro, é quasi certo que o hábito de bebermos uma pequena porção de vinho ou cerveja e de fumarmos um ou dois charutos por dia - prazeres que nos dão uma grande sensação de bem-estar e nos conservam bem dispostos - é quasi certo, dizia eu, que esse habito não poderia, praticamente, diminuir de maneira sensivel o numero de annos de vida.
Os rapazes pallidos e adoentados não devem esse estado aos "excessos" que praticam, mas sim ás estadas prolongadas nas atmospheras empestadas dos cafés e á insufficiencia do somno nocturno."
E pronto, aqui fica para reflexão. Eu já desconfiava que o estado do ensino era responsável por uma data de coisas! O livrinho tem outros capítulos cujos títulos são igualmente apelativos, como Meias "de ar" e camisas de dormir "de ar", mas não conto mais. O meu avô não viveu até aos 140, mas chegou ágil fisica e mentalmente aos 88. Fumava uma marca de cigarros chamada Craven A, de que ainda restam lá por casa uma ou outra caixa, de metal, vermelha, com um gato preto. Mas deixou de fumar quando eu nasci.
quarta-feira, novembro 14, 2007
171. EM SERRALVES
Comissariado: Mirta d'ArgenzioCo-Produção: Fundação de Serralves, Haus der Kunst, Munique (Alemanha) e Museu Donna Regina (Madre), Nápoles (Itália)
“A pair of socks is no less suitable to make a painting with than wood, nails, turpentine, oil, and fabric.”
Robert Rauschenberg in Susan Hapgood’s Neo-Dada, Redefining Art 1958-1962, p.18
Não só de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, David Hockney ou Richard Hamilton se fez a história da Pop-Art. Robert Rauschenberg partilhou com estes nomes a génese desse movimento artístico surgido nos anos 50, principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra, e que iria marcar a arte moderna e as gerações futuras.
Rauschenberg nasceu em 1925 e é autor de uma obra vastíssima, embora não tenha conhecido em Portugal a mesma divulgação dos outros nomes do movimento em que se integra. Daí que esta mostra, agora presente em Serralves, mereça toda a nossa atenção. Ela não será a mais significativa do trabalho de Rauschenberg, confinada como está a uma época muito específica, correspondendo a uma viragem na sua atitude perante a arte e a vida, momento de provocação divertida e de contestação de toda uma cultura ferozmente consumista. Contudo ela tem o grande mérito de chamar a atenção para o artista e despertar a vontade de conhecer melhor os outros momentos do seu percurso.
Entre 1976-78 uma importante retrospectiva da obra de Rauschenberg organizada pela National Collection of Fine Arts, de Washington, percorreu os Estados Unidos. O próprio autor nunca deixou de estar presente em inúmeras actividades, em todo o mundo, incluindo colaborações com artistas de diversos países e organização de workshops, numa actividade que viria a culminar na Rauschenberg Overseas Culture Interchange (ROCI) projecto que se realizou entre 1985 e 1991. Em 1997, o Guggenheim Museum de Nova Iorque expôs a maior retrospectiva do trabalho de Rauschenberg até hoje realizada, que visitaria vários países da Europa em 1998.