Uma das coisas obrigatórias ao chegar ao Rio de Janeiro é entrar numa livraria para verificar que saiu algum novo Garcia-Roza. E depois, lê-lo avidamente.
Em 2004, em entrevista a Francisco José Viegas, na revista Ler, Garcia-Roza diz, referindo-se à relação do delegado Espinosa, personagem central dos seus livros, com a cidade:
A própria cidade forma um contexto para Espinosa. Essa cidade, sobretudo a Copacabana de Espinosa, não pode ser de cartão postal, embora seja impossível retirar a beleza do Rio, que é uma beleza que sempre me impressionou, que não se pode esconder. A beleza é quase uma doença do Rio. E depois tem esse lado feminino do Rio, de Copacabana… Isso eu não posso eliminar, embora a cidade não seja redutível a isso. Copacabana é um cosmos plenamente habitado, cheio de gente. Não apenas turistas e gente rica, mas também por uma vida extremamente rica, com o seu submundo muito complexo. Quem vê as ruas de Copacabana não o nota ao primeiro olhar, mas ele está lá. E tem esse tom que você assinalou, e que é raro mencionar-se, que é um tom melancólico…
Sem comentários:
Enviar um comentário