Terry Jones
Porque é (quase) Natal (e respectiva azáfama), eu e o M pequeno tirámos o fim de semana para fazermos coisas de que gostamos. Então fomos ao São Luiz ver um espectáculo que eu considero um daqueles presentes que o Pai Natal deveria deixar em todos os sapatinhos. Infelizmente, foi a última sessão, essa a que assistimos (era, aliás, a reposição de um espectáculo de 2006).
Tratava-se "Contos Fantásticos", de Terry Jones (o dos Monty Python, isso mesmo), com música do compositor Luís Tinoco, interpretada por uma magistral e divertidíssima Orquestra Metropolitana de Lisboa. A narração era feita pelo próprio Terry Jones nalgumas sessões e noutras pelo actor português João Reis. Os três contos são realmente fantásticos e falam de uma Estrada Rápida que nos leva onde quisermos ir, de Três Pingos de Chuva que, de tão emproados e convencidos, acabam numa poça lamacenta, e do Tomás, que encontrou um Dinossauro no velho depósito de madeira ao fundo do jardim.
Foi a versão portuguesa que vimos e, embora não tenha o original para termo de comparação, fiquei completamente rendida à actuação do João Reis. Eu, os miúdos que enchiam (enfim, não muito, mas bastante) a sala do São Luiz e o M pequeno que, ao fim de 15 minutos de espectáculo, dizia "mas isto é muito giro!". E tinha toda a razão!
João Reis (com Terry Jones ao fundo), no decorrer de uma entrevista.
Entretanto, Terry Jones encontra-se no São Luiz, a ensaiar o musical "Evil Machines", com libreto seu e música, tal como a dos "Contos", de Luís Tinoco. A estreia mundial está marcada para 12 de Janeiro.
A coisa promete! O próprio declarou em entrevista à SIC: "Quando escrevi o libreto pensei "não sei como é que eles vão encenar isto mas o problema é deles". Então o Jorge Salavisa (director do São Luiz) perguntou-me se eu queria encenar a peça, e o problema deles tornou-se meu também".